Post by 7Figo on Jun 19, 2007 9:11:15 GMT
26.05.2006
Selecção Nacional estabeleceu esta sexta-feira o primeiro contacto directo com a população de Évora numa visita ao histórico Templo Romano bem no centro da cidade. Um gesto bonito que permitiu uma aproximação às pessoas que se têm queixado do isolamento dos craques no Convento do Espinheiro, às portas da cidade. Ainda assim, as distâncias foram mantidas por grades, zelosos seguranças e pela pouca disponibilidade dos craques para se aproximarem dos fãs.
A visita estava marada para as 11h30, mas desde as 9h30 que se assistiu a uma verdadeira romaria para o Largo Conde de Vila Flor onde está situado o Templo Romano que a tradição popular impôs, impropriamente, que ficasse conhecido por Templo de Diana, a deusa da Caça dos romanos, quando na verdade era dedicado a um culto imperial. Grupos de jovens, comadres, operários, toda a gente se dirigiu para o ex-libris da cidade, «pintado» com bandeiras de Portugal, à procura de conseguir o melhor lugar para ver os internacionais portugueses.
A praça estava cercada por grades e polícias e os mais jovens conseguiram, por insistência, os lugares da frente com um objectivo de «arrancar» autógrafos, com Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes, pela quantidade de cartazes distribuídos na zona frontal, a serem os mais solicitados. O autocarro da selecção foi recebido ao som do coro Cantares de Évora. Jogadores e equipa técnica abraçaram-se então, ombro a ombro, para ouvir os típicos cantares alentejanos, balançando-se de um lado para o outro, como manda a tradição na região.
Dos dois lados da praça surgiram depois as escolinhas do Juventude (azuis) e do Lusitano (verdes), com cada miúdo a trazer uma bola nos pés. Luís Figo, talvez pela maior experiência, foi o que se mostrou mais solto, perdendo rapidamente a compostura formal para trocar umas bolas com os miúdos. A visita não durou mais de quinze/vinte minutos e rapidamente os jogadores voltaram a refugiar-se no autocarro. Cristiano Ronaldo ainda deu meia-dúzia de autógrafos, Ricardo, Figo e Simão também ainda ficaram por momentos para trás, mas foram rapidamente «capturados» pelos seguranças.
O guarda-redes do Sporting até estava disponível para o desejado convívio, mas não deixou de ouvir algumas palavras que deixaram bem patente o mal-estar entre a população. «As pessoas de Évora estão magoadas com a vossa atitude aqui», disse-lhe um popular ao ouvido. «A gente faz o que pode», respondeu o retardatário Ricardo enquanto era puxado por um segurança.
16h00
Conferência de Imprensa com Luis Figo
Luís Figo, o mais internacional dos jogadores portugueses, considerou hoje “fundamental não decepcionar” os incansáveis apoiantes da selecção lusa e resfriou, com um “discurso realista”, a onda de euforia em torno do Mundial’2006. “Fundamental é não decepcionar as pessoas que nos apoiam, não só aqui em Évora, como em todo o país. Claro que gostaria, daqui a 40 anos, de ver um vídeo comigo a levantar a Taça do Mundo. Deus queira que isso aconteça”, disse Figo, que soma 118 internacionalizações e 31 golos pela equipa das quinas. Na habitual conferência de imprensa antes do treino vespertino, o jogador do Inter, cauteloso e realista no discurso, exigiu cuidado e salientou que não há equipas fáceis, muito menos em Campeonatos do Mundo. “Nós, que treinamos diariamente e jogamos quase todos os dias, sabemos que é muito difícil ganhar, seja a equipas das segundas divisões ou teoricamente mais fáceis. Todas as selecções que estão no Mundial querem ganhar e nós não fugimos à regra”, explicou o médio. Exigindo ser necessário dignificar o nome de Portugal no Mundial, Luís Figo assumiu que só mostrando superioridade “prática” sobre Angola, Irão e México (os adversários no Grupo D) a selecção atingirá os oitavos-de-final e não com discursos teóricos ou análises ao ranking da FIFA. “Tenho confiança e esperança que a nossa equipa seja superior aos nossos adversários. Algumas equipas levam mais tempo de preparação que nós e isso, às vezes, é determinante em Mundiais”, sublinhou o internacional português e capitão da equipa das quinas.
Figo: não estamos aqui para perder
Luís Figo confessa que as aspirações da Selecção portuguesa para o Mundial da Alemanha «passam por atingir a final», mas o jogador do Inter de Milão alerta que temos de «ser realistas». «Não se podem prometer vitórias», realça o capitão da equipa das quinas desde o estágio em Évora, frisando que os jogadores lusos vão «dignificar ao máximo o nome de Portugal e tentar chegar o mais longe possível». «Não estamos aqui para perder, porque para isso estaria cada um em sua casa», diz o atleta.
Figo salienta que obviamente todos esperam «fazer o melhor para que a Selecção ganhe e consiga atingir os melhores resultados», mas «não é fácil chegar aos títulos, ainda para mais num Mundial», lembra o experiente jogador. «Vamos ter dificuldades», preconiza, realçando contudo a «confiança de que a nossa equipa possa ser superior aos adversários».
Figo: «Espero daqui a 40 anos poder recordar que levantei a Taça»
Figo está confiante e sorridente. Na conferência de imprensa realizada em Évora, durante o estágio da Selecção, o avançado utilizou palavras certeiras, falando na vontade de chegar à final e até na hipótese de levantar a Taça do Mundo.
A pergunta surgiu na sequência de um questionário realizado pelo jornal Record, com um leitor a perguntar se já tinha imaginado daqui a quarenta anos a recordar, juntamente com a família, o momento em levantou a Taça. Figo sorriu e respondeu: «Espero que seja possível e se viver mais 40 anos ainda melhor. Para mim neste momento o mais importante é não decepcionar estas pessoas que têm apoiado a Selecção. É a minha maior preocupação. Mas Deus queira que daqui a 40 anos possa estar a rever-me a levantar a Taça».
Leia outras respostas do craque da Selecção:
Sobre as esperanças para o Mundial:: «Todos nós esperamos sempre que a Selecção ganhe, que consiga atingir os melhores resultados e eu não fujo à regra. Espero sempre fazer o meu melhor e que isso signifique nos objectivos que a Selecção pretende, que é alcançar títulos. Também sei que não é fácil, ainda para mais sendo um Mundial. O grupo está fantástico, temos trabalhado bem. O relacionamento entre jogadores tem sido sempre fantástico. Hoje em dia não se pode prometer vitórias, mas vamos procurar dignificar ao máximo o nome de Portugal. Não estamos aqui para perder, mas tentar chegar o mais longe possível. Dizemos que não sabemos onde vamos chegar, porque somos realistas. As nossas aspirações são sempre chegar a uma final, como qualquer profissional de futebol».
Sobre o grupo: «As pessoas que estão no futebol têm a consciência que hoje em dia é extremamente difícil de ganhar. Acho que é ser realista. As selecções que estão no Mundial provaram ter valor, por isso temos de ter cuidado. O passado serviu para aprendermos. Já foi escrito muita coisa sobre o Mundial de há quatro anos. Temos de olhar em frente para pensar no próximo Mundial».
Sobre Cristiano Ronaldo: «Vejo o crescimento do Cristiano, como de outros jovens, de forma normal. Ao longo da carreira tive a felicidade de trabalhar com os melhores do mundo e nunca tive problemas, muito pelo contrário. Em termos de popularidade cada um trabalha da forma que bem entende».
O que pode dar Figo? «Espero que seja mais valia, pela minha experiência, pelas minhas características. Só posso ser avaliado depois. Terminei uma época desgastante, mas o mais importante é cada um dar um pouco da qualidade em prol da equipa».
17h00
Treino Técnico-Táctico
Luiz Felipe Scolari esteve a testar o onze que deverá começar o jogo este sábado, em Évora, frente a Cabo Verde, com destaque para as presenças de Miguel, Maniche e Petit nas escolhas para o primeiro ensaio-geral para o Campeonato do Mundo. Um treino que deixou tudo claro, até as alterações que o seleccionador deverá fazer na segunda parte do jogo.
Depois de um rápido aquecimento, no Complexo Desportivo do Lusitano de Évora, o seleccionador nacional chamou à parte os onzes jogadores com quem trabalhou na primeira meia-hora do treino desta tarde, enquanto o resto do grupo fazia exercícios de finalização junto a uma das balizas.
Assim, o onze eleito de Scolari será composto por Ricardo, na baliza, uma linha defensiva composta por Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Marco Caneira. Maniche e Petit formam, depois, a primeira linha do meio-campo, com Luís Figo, Deco e Cristiano Ronaldo no apoio directo a Pauleta.
Um onze que não será necessariamente o que depois jogará com Angola, na abertura do Mundial, como explicou Scolari na conferência de imprensa que antecedeu o treino, mas que tem em conta a actual forma dos jogadores.
Falta ainda apurar a total disponibilidade de Ricardo que estava ligeiramente limitado com um problema numa das unhas do pé, mas pelos primeiros minutos parece que o guarda-redes do Sporting está apto para jogar amanhã.
E os suplentes são:
Recordamos que, por imposição da FIFA, Scolari poderá fazer, no máximo, seis substituições no decorrer do jogo particular com Cabo Verde, pelo que haverá cinco jogadores que vão ter de jogar noventa minutos. Ora, no decorrer do treino desta tarde, depois das primeiras experiências com o onze que já enunciámos, Scolari fez sete alterações, mantendo apenas Ricardo Carvalho, Marco Caneira, Cristiano Ronaldo e Pauleta do onze original.
Se tirarmos Quim, que rendeu Ricardo, ficamos com os seis jogadores que deverão entrar no início ou no decorrer da segunda parte: Paulo Ferreira, Ricardo Costa, Costinha, Tiago, Hugo Viana e Simão. De fora da primeira experiência deverão ficar, assim, Quim, Nuno Valente (dispensado pela morte de um familiar), Boa Morte, Nuno Gomes e Hélder Postiga.
Boa Morte integrado, Nuno Gomes ainda à parte
Quim e Hélder Postiga também acabaram por participar na parte final do exercício. Boa Morte, que trabalhou à parte durante a semana, também já trabalhou integrado, sem acusar qualquer limitação física, mas Nuno Gomes continuou ainda a trabalhar à parte e acabou por recolher mais cedo aos balneários. Na parte final do treino, Scolari organizou um treino-conjunto, de dez para dez, numa das metades do campo, mas já com as opções todas baralhadas e com Hugo Viana a assumir o papel de «joker».
A sessão ficou concluída com os habituais exercícios de bola parada, com Cristiano Ronaldo, Petit, Deco e Figo a colocarem Ricardo e Quim à prova e a recolher aplausos dos 550 adeptos que voltaram, esta sexta-feira, a preencher a bancada principal do Complexo desportivo do Lusitano de Évora.
Selecção visitou Templo Romano para um «tímido» contacto com a população
Selecção Nacional estabeleceu esta sexta-feira o primeiro contacto directo com a população de Évora numa visita ao histórico Templo Romano bem no centro da cidade. Um gesto bonito que permitiu uma aproximação às pessoas que se têm queixado do isolamento dos craques no Convento do Espinheiro, às portas da cidade. Ainda assim, as distâncias foram mantidas por grades, zelosos seguranças e pela pouca disponibilidade dos craques para se aproximarem dos fãs.
A visita estava marada para as 11h30, mas desde as 9h30 que se assistiu a uma verdadeira romaria para o Largo Conde de Vila Flor onde está situado o Templo Romano que a tradição popular impôs, impropriamente, que ficasse conhecido por Templo de Diana, a deusa da Caça dos romanos, quando na verdade era dedicado a um culto imperial. Grupos de jovens, comadres, operários, toda a gente se dirigiu para o ex-libris da cidade, «pintado» com bandeiras de Portugal, à procura de conseguir o melhor lugar para ver os internacionais portugueses.
A praça estava cercada por grades e polícias e os mais jovens conseguiram, por insistência, os lugares da frente com um objectivo de «arrancar» autógrafos, com Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes, pela quantidade de cartazes distribuídos na zona frontal, a serem os mais solicitados. O autocarro da selecção foi recebido ao som do coro Cantares de Évora. Jogadores e equipa técnica abraçaram-se então, ombro a ombro, para ouvir os típicos cantares alentejanos, balançando-se de um lado para o outro, como manda a tradição na região.
Algumas crianças puderam brincar com os seus ídolos
Dos dois lados da praça surgiram depois as escolinhas do Juventude (azuis) e do Lusitano (verdes), com cada miúdo a trazer uma bola nos pés. Luís Figo, talvez pela maior experiência, foi o que se mostrou mais solto, perdendo rapidamente a compostura formal para trocar umas bolas com os miúdos. A visita não durou mais de quinze/vinte minutos e rapidamente os jogadores voltaram a refugiar-se no autocarro. Cristiano Ronaldo ainda deu meia-dúzia de autógrafos, Ricardo, Figo e Simão também ainda ficaram por momentos para trás, mas foram rapidamente «capturados» pelos seguranças.
O guarda-redes do Sporting até estava disponível para o desejado convívio, mas não deixou de ouvir algumas palavras que deixaram bem patente o mal-estar entre a população. «As pessoas de Évora estão magoadas com a vossa atitude aqui», disse-lhe um popular ao ouvido. «A gente faz o que pode», respondeu o retardatário Ricardo enquanto era puxado por um segurança.
16h00
Conferência de Imprensa com Luis Figo
Luís Figo, o mais internacional dos jogadores portugueses, considerou hoje “fundamental não decepcionar” os incansáveis apoiantes da selecção lusa e resfriou, com um “discurso realista”, a onda de euforia em torno do Mundial’2006. “Fundamental é não decepcionar as pessoas que nos apoiam, não só aqui em Évora, como em todo o país. Claro que gostaria, daqui a 40 anos, de ver um vídeo comigo a levantar a Taça do Mundo. Deus queira que isso aconteça”, disse Figo, que soma 118 internacionalizações e 31 golos pela equipa das quinas. Na habitual conferência de imprensa antes do treino vespertino, o jogador do Inter, cauteloso e realista no discurso, exigiu cuidado e salientou que não há equipas fáceis, muito menos em Campeonatos do Mundo. “Nós, que treinamos diariamente e jogamos quase todos os dias, sabemos que é muito difícil ganhar, seja a equipas das segundas divisões ou teoricamente mais fáceis. Todas as selecções que estão no Mundial querem ganhar e nós não fugimos à regra”, explicou o médio. Exigindo ser necessário dignificar o nome de Portugal no Mundial, Luís Figo assumiu que só mostrando superioridade “prática” sobre Angola, Irão e México (os adversários no Grupo D) a selecção atingirá os oitavos-de-final e não com discursos teóricos ou análises ao ranking da FIFA. “Tenho confiança e esperança que a nossa equipa seja superior aos nossos adversários. Algumas equipas levam mais tempo de preparação que nós e isso, às vezes, é determinante em Mundiais”, sublinhou o internacional português e capitão da equipa das quinas.
Figo: não estamos aqui para perder
Luís Figo confessa que as aspirações da Selecção portuguesa para o Mundial da Alemanha «passam por atingir a final», mas o jogador do Inter de Milão alerta que temos de «ser realistas». «Não se podem prometer vitórias», realça o capitão da equipa das quinas desde o estágio em Évora, frisando que os jogadores lusos vão «dignificar ao máximo o nome de Portugal e tentar chegar o mais longe possível». «Não estamos aqui para perder, porque para isso estaria cada um em sua casa», diz o atleta.
Figo salienta que obviamente todos esperam «fazer o melhor para que a Selecção ganhe e consiga atingir os melhores resultados», mas «não é fácil chegar aos títulos, ainda para mais num Mundial», lembra o experiente jogador. «Vamos ter dificuldades», preconiza, realçando contudo a «confiança de que a nossa equipa possa ser superior aos adversários».
Figo: «Espero daqui a 40 anos poder recordar que levantei a Taça»
Figo está confiante e sorridente. Na conferência de imprensa realizada em Évora, durante o estágio da Selecção, o avançado utilizou palavras certeiras, falando na vontade de chegar à final e até na hipótese de levantar a Taça do Mundo.
A pergunta surgiu na sequência de um questionário realizado pelo jornal Record, com um leitor a perguntar se já tinha imaginado daqui a quarenta anos a recordar, juntamente com a família, o momento em levantou a Taça. Figo sorriu e respondeu: «Espero que seja possível e se viver mais 40 anos ainda melhor. Para mim neste momento o mais importante é não decepcionar estas pessoas que têm apoiado a Selecção. É a minha maior preocupação. Mas Deus queira que daqui a 40 anos possa estar a rever-me a levantar a Taça».
Leia outras respostas do craque da Selecção:
Sobre as esperanças para o Mundial:: «Todos nós esperamos sempre que a Selecção ganhe, que consiga atingir os melhores resultados e eu não fujo à regra. Espero sempre fazer o meu melhor e que isso signifique nos objectivos que a Selecção pretende, que é alcançar títulos. Também sei que não é fácil, ainda para mais sendo um Mundial. O grupo está fantástico, temos trabalhado bem. O relacionamento entre jogadores tem sido sempre fantástico. Hoje em dia não se pode prometer vitórias, mas vamos procurar dignificar ao máximo o nome de Portugal. Não estamos aqui para perder, mas tentar chegar o mais longe possível. Dizemos que não sabemos onde vamos chegar, porque somos realistas. As nossas aspirações são sempre chegar a uma final, como qualquer profissional de futebol».
Sobre o grupo: «As pessoas que estão no futebol têm a consciência que hoje em dia é extremamente difícil de ganhar. Acho que é ser realista. As selecções que estão no Mundial provaram ter valor, por isso temos de ter cuidado. O passado serviu para aprendermos. Já foi escrito muita coisa sobre o Mundial de há quatro anos. Temos de olhar em frente para pensar no próximo Mundial».
Sobre Cristiano Ronaldo: «Vejo o crescimento do Cristiano, como de outros jovens, de forma normal. Ao longo da carreira tive a felicidade de trabalhar com os melhores do mundo e nunca tive problemas, muito pelo contrário. Em termos de popularidade cada um trabalha da forma que bem entende».
O que pode dar Figo? «Espero que seja mais valia, pela minha experiência, pelas minhas características. Só posso ser avaliado depois. Terminei uma época desgastante, mas o mais importante é cada um dar um pouco da qualidade em prol da equipa».
17h00
Treino Técnico-Táctico
Scolari testa onze com Miguel, Maniche e Petit
Luiz Felipe Scolari esteve a testar o onze que deverá começar o jogo este sábado, em Évora, frente a Cabo Verde, com destaque para as presenças de Miguel, Maniche e Petit nas escolhas para o primeiro ensaio-geral para o Campeonato do Mundo. Um treino que deixou tudo claro, até as alterações que o seleccionador deverá fazer na segunda parte do jogo.
Depois de um rápido aquecimento, no Complexo Desportivo do Lusitano de Évora, o seleccionador nacional chamou à parte os onzes jogadores com quem trabalhou na primeira meia-hora do treino desta tarde, enquanto o resto do grupo fazia exercícios de finalização junto a uma das balizas.
Assim, o onze eleito de Scolari será composto por Ricardo, na baliza, uma linha defensiva composta por Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Marco Caneira. Maniche e Petit formam, depois, a primeira linha do meio-campo, com Luís Figo, Deco e Cristiano Ronaldo no apoio directo a Pauleta.
Um onze que não será necessariamente o que depois jogará com Angola, na abertura do Mundial, como explicou Scolari na conferência de imprensa que antecedeu o treino, mas que tem em conta a actual forma dos jogadores.
Falta ainda apurar a total disponibilidade de Ricardo que estava ligeiramente limitado com um problema numa das unhas do pé, mas pelos primeiros minutos parece que o guarda-redes do Sporting está apto para jogar amanhã.
E os suplentes são:
Recordamos que, por imposição da FIFA, Scolari poderá fazer, no máximo, seis substituições no decorrer do jogo particular com Cabo Verde, pelo que haverá cinco jogadores que vão ter de jogar noventa minutos. Ora, no decorrer do treino desta tarde, depois das primeiras experiências com o onze que já enunciámos, Scolari fez sete alterações, mantendo apenas Ricardo Carvalho, Marco Caneira, Cristiano Ronaldo e Pauleta do onze original.
Se tirarmos Quim, que rendeu Ricardo, ficamos com os seis jogadores que deverão entrar no início ou no decorrer da segunda parte: Paulo Ferreira, Ricardo Costa, Costinha, Tiago, Hugo Viana e Simão. De fora da primeira experiência deverão ficar, assim, Quim, Nuno Valente (dispensado pela morte de um familiar), Boa Morte, Nuno Gomes e Hélder Postiga.
Boa Morte integrado, Nuno Gomes ainda à parte
Quim e Hélder Postiga também acabaram por participar na parte final do exercício. Boa Morte, que trabalhou à parte durante a semana, também já trabalhou integrado, sem acusar qualquer limitação física, mas Nuno Gomes continuou ainda a trabalhar à parte e acabou por recolher mais cedo aos balneários. Na parte final do treino, Scolari organizou um treino-conjunto, de dez para dez, numa das metades do campo, mas já com as opções todas baralhadas e com Hugo Viana a assumir o papel de «joker».
A sessão ficou concluída com os habituais exercícios de bola parada, com Cristiano Ronaldo, Petit, Deco e Figo a colocarem Ricardo e Quim à prova e a recolher aplausos dos 550 adeptos que voltaram, esta sexta-feira, a preencher a bancada principal do Complexo desportivo do Lusitano de Évora.