Post by 7Figo on Jun 19, 2007 9:19:27 GMT
A História do regresso
O voo do orgulho
O voo do orgulho
A felicidade que envolvia não só a comitiva oficial mas também todos quantos acompanhavam de perto a Selecção, incluindo convidados como, entre outros, o professor Marcelo Rebelo de Sousa, ilustrava bem a ansiedade de chegar a casa, mais de mês e meio depois do início de uma aventura histórica.
Jogadores e equipa técnica, rostos orgulhosos e sorridentes, cedo receberam, ainda em Estugarda, os primeiros incentivos. Junto ao aeroporto alemão, algumas dezenas de populares, entre portugueses e germânicos, gritaram bem alto o nome de Portugal e dos seus craques, reivindicando os primeiros autógrafos a Figo, Ronaldo e companhia. E, mesmo em passo acelerado – porque eram grandes as saudades de casa, e das merecidas férias –, os internacionais lá foram respondendo às solicitações antes de acederem ao interior do avião que os haveria de transportar a Lisboa.
Boas-vindas a bordo, palmas para os artistas e uma mensagem elogiosa expressa pelo comandante serviram de aperitivo para as pouco mais de duas horas de viagem a bordo do ‘Florbela Espanca’. Depois, para matar o tempo, enquanto uns preferiram centrar-se nos sons do iPod, outros aproveitaram para visitar o ‘thingypit’. E houve mesmo quem tenha ‘troçado’ aos microfones, ostentando excessiva pronúncia nortenha, leia-se portista.
Pouco minutos depois, finalmente, a Selecção aterrou na Portela. O corrupio foi grande, porque há muito estava agendada a festa do Jamor.
CRAQUES PRESENTEARAM EMIGRANTES
Nem a derrota frente à Alemanha, anteontem, ofuscou o orgulho nacional. Alguns emigrantes portugueses radicados em Estugarda e nas suas imediações, ou aqueles que ali se deslocaram para estar perto da Selecção, viveram uma noite inesquecível após o jogo e junto do hotel que albergou a comitiva oficial.
Aos gritos que ecoavam das ruas, os jogadores responderam com prendas e palmas para quem tanto os apoiou. Noite dentro, horas antes do regresso a Portugal, vários foram os craques que, desde as janelas dos respectivos quartos, saudaram os adeptos. E os mais resistentes foram os mais felizes. Para esses, já depois de largas dezenas terem abandonado as imediações da unidade hoteleira, voaram, em jeito de oferenda, camisolas, bolas, chuteiras e até caneleiras. Viveram-se então, mesmo à distância, momentos de comunhão, uma simbiose perfeita entre quem tem ‘Portugal no Coração’.
10-07-2006